Diz que foi em uma madrugada de qualquer dia, que um disco voador cinza cruzou os céus e desceu pousando no acostamento de uma rua qualquer. A máquina estava danificada e não poderia alçar voou se não fosse devidamente reparada. Então, eis que o solitário viajante, a criatura verde limão saiu para a rua e leu uns dizeres em uma placa: “Conserto Disco voador”. Decidiu caminhar até o lugar, e foi com seus próprios pés, depois de notar que a rua estava completamente vazia. Chegou em um lugarzinho calmo, um bar de beira de estrada, e viu que ali dentro rolava um furdunço, bêbados alvoroçados dançavam e cantavam ao redor de um disco voador, enquanto humanos portando instrumentos musicais se fantasiavam de alienígenas verde limões. Um deles inclusive era a cara de sua tia. Se juntou a trupe, dançou, bebeu e festejou até o dia seguinte. Na saída alguns lhe ofereceram carona pra casa. Ele aceitou de bom grado, e o deixaram ao pé da estrada, ao lado da placa. Chorou, pois, lembrou que o lugar de onde viera jamais seria tão hospitaleiro, entrou em seu disco, colocou a chave na ignição e magicamente o motor voltou a funcionar. Se despediu do lugar com um sorriso no rosto e portando um giz em uma das mãos reescreveu na placa: “Concerto Disco Voador”, e voou em direção a imensidão do espaço.